Piratas e corsários
A costa brasileira, sem marca de
presença portuguesa além de uma ou outra feitoria abandonada, era terra aberta
para os navios do corso (os corsários) de nações não contempladas na divisão do
mundo no Tratado de Tordesilhas. Há notícias de corsários holandeses e
ingleses, mas foram os franceses os mais ativos na costa brasileira. Para
tentar evitar estes ataques, Portugal organizou e enviou ao Brasil as chamadas
expedições guarda-costas, em 1516 e 1526, com poucos resultados.
De qualquer forma, os franceses
se incomodaram com as expedições de Cristóvão Jacques, encarregado das
expedições guarda-costas, achando-se prejudicados; e sem que suas reclamações
fossem atendidas, Francisco I (1515-1547), então Rei da França, deu a Jean
Ango, um corsário, uma carta de marca que o autorizava a atacar navios
portugueses para se indenizar dos prejuízos sofridos. Isso fez com que D. João
III, rei de Portugal, enviasse a Paris Antônio de Ataíde, o conselheiro de
estado, para obter a revogação da carta, o que foi feito, segundo muitos
autores, à custa de presentes e subornos.
Logo recomeçaram as expedições
francesas. O rei francês, em guerra contra Carlos V, rei do Sacro Império
Romano, praticamente atual Alemanha, não podia moderar os súditos, pois sua
burguesia tinha interesses no comércio clandestino e porque o governo dele se
beneficiava indiretamente, já que os bens apreendidos pelos corsários eram
vendidos por conta da Coroa. As boas relações continuariam entre França e
Portugal, e da missão de Rui Fernandes em 1535 resultou a criação de um
tribunal de presas franco-português na cidade de Baiona, embora de curta
duração, suspenso pelas divergências nele verificadas.
Henrique II, atual rei da França,
filho de Francisco I, iria proibir em 1543 expedições a domínios de Portugal.
Até que se deixassem outra vez tentar e tenham pensado numa França Antártica,
uma colônia tentada no Rio de Janeiro, em 1555 ou numa França Equinocial.
Postado por Giovani e Fernando
Fonte Wikipédia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário