terça-feira, 3 de setembro de 2013



O renascimento, o homem no centro do mundo 



A transição da Idade Média para a Idade Moderna se deu através de esforços dos humanistas que difundiram os ideais renascentistas. Homens ligados à filosofia, à ciência e à literatura acenderam as luzes antes apagadas pelo período que reinou mil anos na Europa: a "Idade das Trevas".
Antes, Deus, venerado desmedidamente, era o centro do universo. Com o Renascimento, o homem passou a ocupar o cerne das preocupações. Para Nicolau Maquiavel, o homem do Renascimento deveria trazer consigo a Virtù, expressão que confere o gosto pela liberdade e abandona as amarras provindas da afirmação de que Deus era o "dono" do destino dos homens.
A universalização da perspectiva renascentista partiu da Itália. Houve então uma remodelação na cultura européia, com o advento das características que perfaziam a trajetória dos ideais renascentistas, tais como: hedonismo, naturalismo, classicismo, racionalismo, e principalmente, antropocentrismo (que desbancou o teocentrismo que aprisionava a criatividade humana e a vontade do homem em conhecer por si próprio, o desejo de se imortalizar através das artes e das ciências).
Leonardo da Vinci foi o símbolo da arte nesse período. Ao desenhar o homem vitruviano, o gênio italiano personificou o espírito renascentista e sobretudo, o antropocentrismo. O hedonismo teve como representantes Bocaccio, Rabelais, e o mais fecundo dos que cultuavam o prazer, o corpo e a beleza: Shakespeare.
 Na ciência, houve uma verdadeira revolução com a teoria heliocêntrica de Nicolau Copérnico. O cientista polonês opôs-se a teoria geocêntrica de Ptolomeu, e afirmou que os planetas giravam em torno do Sol, e não da Terra. Temendo a hostilidade da Igreja Romana, Copérnico não divulgou sua teoria de imediato, que só foi apresentada ao mundo no século XVI. Um homem atarracado, de cabelo ruivo e personalidade inquietante, cujo nome era Galileu Galilei, comprovou a teoria heliocêntrica de Copérnico, além de ter descoberto os anéis de Saturno, os satélites de Júpiter e as manchas do Sol. Kepler também se interessou pela teoria de Copérnico e através de um longo estudo, concluiu que os planetas de fato se movimentam em torno do Sol, mas o fazem em órbita elíptica, e não circular. 
O Renascimento foi um período onde a humanidade progrediu através da curiosidade, da sede de conhecimento e do bem-estar coletivo. É uma pena que o homem, que já foi um dia o centro do universo, esteja a destruir os ideais que o fizeram além de simples carne e ossos ambulantes (e, destarte, está a destruir a si próprio)





nome: Francisco

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